O casal missionário Chryssi e Gideone Rangel criam o Global Tent Institute para levar o Evangelho e transformar a realidade da região.

O casal missionário Gideone e Chryssi Rangel acabaram de lançar o Global Tent Institute, uma organização que vai levar o Evangelho para tansformar a realidade da Ilha de Marajó.
Segundo o casal de missionários, a caravana para a Ilha do Marajó é uma oportunidade das pessoas conhecerem de perto a realidade do povo ribeirinho e terem experiências únicas, começando pelo trajeto da viagem, que leva cerca de 30 horas, partindo do Rio de Janeiro, em três diferentes transportes, incluindo carro, avião e barco.
Os participantes da missão realizaram diversas atividades na região, como evangelização de crianças, apoio às programações das igrejas locais e visitas aos moradores.
Gideone esclarece que essa visita tinha um propósito muito específico. “Nós queremos que esses missionários ribeirinhos nos deem suporte na nossa base na Ilha do Marajó. É comum muitas pessoas saírem de suas cidades para fazer missões transculturais, com toda a certeza o desafio é maior.”
“O papel do nosso Instituto será dar subsídio para que eles mesmos possam desenvolver o projeto da nossa Organização lá na região. Ou seja, todo o tempo de preparação que teríamos para capacitar alguém de fora vai ser otimizado.”, explicou o missionário.
Chryssi e Gideone comentam que hoje o primeiro desafio do Global Tent Institute é levantar recursos para construção de uma casa para que um casal de missionários local possa se mudar para o terreno já adquirido pelo Instituto.
“Quando eu vim nesse local do terreno em 2021, aqui só tinha mato, não tinha nada. Nessa viagem eu convidei dois empresários do Rio de Janeiro a virem conhecer a região comigo, e a se despertarem a investir nesse local, pela fé.”
“Era um espaço isolado, sem casa, sem nada, mas desde que coloquei os meus pés nesse terreno eu já comecei a visualizar o que poderia ser feito. Nós cremos que existe algo lindo para acontecer nessa região, e que Deus está nos selecionando e convocando para fazer uma grande obra, e todos que desejarem podem fazer parte disso”, incentivou Gideone.
Para os missionários locais, muitos nem se perguntam hoje o que aconteceu com Marajó depois da música que tornou o local tão comentado há poucos meses, e poucos são os que ainda apoiam as missões realizadas por eles ao povo ribeirinho.
“Quando a música estourou, muitas pessoas, no calor da emoção, vieram aqui, ajudaram, doaram cesta básica e outras coisas, e depois sumiram.” Comentou uma missionária local Merly Cruz.
“A meu ver, as famílias não precisam só de cestas básicas, elas precisam de pessoas que vão apoiá-las, incentivá-las a crescer também. Não é assim que funciona, vir, doar alimentos e ir embora, acabou a missão.”
Muitas pessoas vieram para o Marajó para querer mídia, ganhar likes e desapareceram. Mas eu também não posso cometer o erro de generalizar e dizer que todos são assim e fizeram isso, porque realmente tiveram aqueles que entenderam a obra, foram direcionados por Deus e hoje continuam aqui conosco e nos dão apoio”, completou.
O casal relata que hoje a maior dificuldade é conseguir mantenedores. Eles já estão recebendo recursos para a obra da casa missionária que será construída, e deixam uma mensagem de convocação para que irmãos se despertem para contribuir financeiramente com missões em nosso país.
“Podemos fazer mais, podemos fazer muito mais! Mas só podemos fazer se um se juntar, e chamar o outro, que chama o outro, que chama mais um, e a gente fizer uma grande corrente, com muitas pessoas ajudando essa população”, afirmou Chryssi Rangel.
Fonte: Portal Guiame